O cinema cubano da Revolução

O cinema cubano da Revolução
O cinema cubano da Revolução

Algumas generalidades sobre o cinema cubano da Revolução

O cinema cubano da Revolução define-se nos primeiros dias de 1959 com a criação do departamento cinematográfico dentro da Direcção de Cultura do Exército Rebelde, o qual produziu documentários tais como Esta tierra nuestra, de Tomás Gutiérrez Alea e La vivienda, de Julio García Espinosa. Este departamento converter-se-ía no antecessor do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC), que foi fundado em março de 1959 como resultado da primeira Lei de Cultura. Como instituição o ICAIC iniciou o programa de Cinemas itinerantes, que levou o cinema a regiões afastadas do país e ajudou a promover o Grupo de Experimentação Sonora, entre 1969 e 1977, o qual influiu e patrocinou a música de Cuba, especialmente a Nova Trova. Figuras como Silvio Rodríguez, Pablo Milanés e Leo Brouwer, foram alguns dos artistas que participaram no programa.

Obras relevantes do cinema cubano da Revolução

O cinema cubano da Revolução viu nascer muitíssimos longas-metragens de ficção, mas aqui se destacam Lucía (1968), de Humberto Solás e Memorias del subdesarrollo (1968), feito por Tomás Gutiérrez Alea. Dentro da produção de documentários podemos encontrar Now (1965), de Santiago Álvarez, o qual combina uma canção com uma sessão ininterrompida de imagens que mostram a discriminação racial nos Estados Unidos e De cierta manera (1974), de Sara Gómez, uma crítica inteligente ao machismo e ao racismo ainda existentes em Cuba, entre muitos outros. Uma característica do cinema revolucionário é a produção de desenhos animados cubanos que se iniciaram em 1974 com o filme Elpidio Valdés, que representa um guerreiro mambí batalhando pela independência cubana da ocupação espanhola no século XIX e que foi muito popular entre as crianças cubanas. Outro filme de animação destacado é Vampiros en La Habana (1983), también de Juan Padrón. Outro dos filmes destacados desta produção é Fresa y chocolate (1993), de Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío o qual trata sobre a intolerância e apresenta a amizade entre um homossexual e um jovem revolucionário militante da União dos Jovens Comunistas. Foi o primeiro filme cubano indicado aos prémios Óscar.

Criadores destacados no cinema cubano na Revolução

Numa etapa mais recente do cinema cubano na Revolução destacam-se as obras de jovens realizadores cubanos, apresentadas na Mostra Nacional de Novos Realizadores do ICAIC (2000- Actualidade), principalmente composta por documentários e curtas-metragens realizados em formato digital e com orçamentos independentes. Entre os novos autores do cinema independente cubano destacam-se Esteban Insausti, Miguel Coyula, Eduardo del Llano, Pavel Giroud, Ernesto Daranas, Alina Rodriguez, Ian Padrón, Carlos Rodriguez, Gustavo Pérez, entre muitos outros. Também se destacaram autores de grande experiência como Fernando Pérez, por obras como Madagascar, La vida es silbar, Suite Habana, etc.

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